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Noite de resgate musical nas apresentações das canções do Concurso de Marchinhas

  • Foto do escritor: Foz Cultural
    Foz Cultural
  • 17 de fev. de 2011
  • 3 min de leitura
O primeiro dia do Concurso de Marchinhas foi marcado por tradição e resgate da musicalidade carnavalesca
O primeiro dia do Concurso de Marchinhas foi marcado por tradição e resgate da musicalidade carnavalesca

A noite da última quarta-feira (16) marcou a história cultural de São João da Barra. As primeiras 10 canções inscritas no I Concurso de Marchinhas Carnavalescas de São João da Barra – Prêmio Jack Azevedo fizeram o público lotar o Cine Teatro São João. Nesta quinta-feira (17) as outras nove músicas participantes sobem no palco a partir das 20 horas.

 

O primeiro a subir no palco foi o cantor Eros Lopes Raphael Jr, de Campos dos Goytacazes, que apresentou “A cidade progresso” para a apreciação dos quatro jurados do concurso, fazendo uma exaltação a São João da Barra e ao poeta Jack Azevedo. Em seguida foi a vez de a sanjoanense Milena Amaral apresentar para o grande público a canção “Brincar na avenida”. Segundo a autora da música, esta marcha fala da riqueza cultural de São João da Barra, enaltecendo o carnaval sanjoanense, um dos mais conhecidos do Estado. Ela fala também dos abadás que são a curtição da galera e da marcha-rancho que ainda se faz presente em alguns blocos, mantendo viva a tradição carnavalesca.

 

Na sequência tivemos “San Juan de La Barra” interpretada pela Banda Ramos, de São João da Barra. A quarta composição da noite foi campista. Marcos de Azevedo Bastos cantou “Viva São João da Barra”. A quinta canção da noite foi do ambientalista sanjoanense André Pinto que compôs e cantou “Carnaval ambiental”. O artista se pintou de índio assim como suas filhas que coreografaram a música. Logo após a música ambiental veio a também sanjoanense “Comeram minha égua” com composição de Zé Conhaque e interpretação do próprio Zé Conhaque. Outra sanjoanense apresentada na noite foi “Docinho da Reclina” com composição de Maria Inês da Silva Gomes, arranjo de Ijhonnys Machado e interpretação de Ataliba.

 

A oitava canção, de autoria sanjoanense, enfoca na linguagem popular e de expressões muito peculiares do vocabulário sanjoanense, no intuito de abordar de forma mais atenuada determinado momento de tensão política de nosso município. “É ruim de ser eu” é uma composição de Saullo Oliveira, arranjo de Felipe Sena e interpretação de Mazinho.  “Êta, êta, êta” com composição, arranjo e interpretação da campista Márcia Cristina da Cruz foi a penúltima da noite. A autora fala da emoção por ter sido tão bem acolhida em um local tão belo e hospitaleiro que tem um dos mais lindos pores do sol a que já assistiu. A inspiração também surge por ver o empenho em se trazer de volta os antigos carnavais com músicas de salão, preservando suas raízes com uma das belas e importantes épocas da música brasileira.

 

O campista Hélio Coelho foi o responsável por fechar a noite de musicalidade carnavalesca. “A marchinha do comandante” faz uma homenagem a João Patrício, um autêntico “comandante” da alegria nos carnavais de outrora em São João da Barra. Com roupa branca, cordão dourado e boné de comandante da Marinha, se tornou figura emblemática, referência sempre recebida com entusiasmo por onde passava com seu jeito cativante e nos bailes de carnaval a orquestra já sabia: tocar a marcha-rancho Mal-me-quer era uma maneira de homenageá-lo por tanto entusiasmo pela vida. Isto não está apenas na minha memória, está enraizado no imaginário coletivo, pois João Patrício é parte importante no imenso patrimônio da cultura carnavalesca de São João da Barra.

 

Para o jornalista Bruno Costa, criador do concurso, todas as expectativas foram alcançadas. “Quando a gente vê o espaço lotado de crianças até cidadãos da melhor idade, isso significa que o projeto está estruturado em credibilidade, transparência e eficácia. Esta semente vai se prosperar por muitos anos e certamente haverá um crescimento gradual de participantes”, comemora.

 
 
 

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