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homenageados

As edições do Concurso de Marchinhas Carnavalescas fizeram questão de homenagear nomes históricos do carnaval sanjoanense.

O carnaval é uma potência cultural de São João da Barra. Os primeiros registros datam de meados do século XIX. Neste percurso, muitos foram as personalidades que construíram esta história. O concurso relembrou alguns nomes importantes. Na primeira edição houve apenas um homenageado que deu nome ao concurso. A partir de 2012 foram dois homenageados - nome do concurso e prêmio popular. 

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Homenageado principal

Filho de Maria do Carmo Ferreira de Azevedo e Manoel Alves de Azevedo, um dos mais talentosos compositores de São João da Barra, Jack Ferreira de Azevedo, nasceu no dia 17 de julho de 1927. A poesia, boemia e a música fizeram parte da trajetória deste artista sanjoanense. Foi campeão do Festival de Música do Atafona Praia Clube, desbancando diversas canções. Compôs música para sua terra natal, para Atafona e Grussaí. Venceu o tradicional Festival Sanjoanense da Canção numa parceria com Guto Alves. Só que o carnaval foi sua principal paixão musical. Criou diversas marchas-rancho da escola de samba Congos que apimentavam a folia sanjoanense. Do lado chinês, seu amigo Eleacir Cajueiro era o principal "adversário". É de Jack "Resposta dos Carecas" (1974) onde, de forma criativa, de uma só vez sacaneia diversas famílias chinesas. Compôs também "Resposta do Retrato", "A grande estrela" (1976), dentre outras composições de samba-enredo. Com a fundação da escola de samba Unidos da Chatuba (1987) passou a escrever também para esta agremiação. Jack casou-se em 26 de dezembro de 1955 com Maria Lúcia Luiz de Azevedo. Da união do casal nasceram Isidoro, Edson e João Batista. O poeta nos deixou no dia 10 de março de 2008. 

2011

Jack Azevedo

2012

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Eleacir Cajueiro

Homenageado principal

Eleacir Cajueiro é uma lenda viva do futebol sanjoanense e campista, mas seu talento vai muito além dos gramados! Ele brilhou como um dos mais renomados compositores de marcha-rancho, samba e música popular de São João da Barra. Sua paixão pela escola do coração, o Chinês, é contagiante, e ele eternizou essa devoção. No futebol criou a empolgante “Marcha do Tricolor”, celebrando o tricampeonato do Fluminense de São João da Barra! Mas isso é só o começo! Composições como “A Lenda do Arco-Íris” e “Penacho de Guerreiro”, “Capim gordura pro boi formoso”, “O retrato do velho” mostram sua versatilidade e amor pela música. E quem não conhece a famosa marcha “A Resposta da Gargalhada”? Uma verdadeira resposta à clássica de Barreto Sapateiro, que garante risadas e diversão. Eleacir agitou o carnaval de São João da Barra com o primeiro samba-enredo “Uma Rosa com Amor”. 

Organizou quatro Festivais de Música em Grussaí, participante dos Atos Variados nas peças teatrais, cantor de coral, fundador do Trio Miramar, músico da banda Pedro Ferreira e seus Playboys, criador também dos grupos musicais “Os invencíveis Brasa”, “The Panther” e o grupo “Vegas”, Eleacir Cajueiro marca também sua história no carnaval de São João da Barra quando lança o primeiro samba-enredo “Uma rosa com amor”. Folião por diversos anos do Bloco Indianos e da tradicional Banda Maluca é de Eleacir a célebre epígrafe: “quem tem olho grande não entra na China”. É impossível não se encantar com a história vibrante desse artista multifacetado!

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Ezinho

Nome do Prêmio Popular

Participar de uma maluquice de carnaval parece algo rotineiro... mas para um homem era coisa séria... Estamos falando de Manoel Rangel da Silva, conhecido popularmente como Ezinho que já aos 13 anos fazia parte dos músicos da tradicional Banda Maluca. Aos 20 anos, Ezinho se casa com Tereza de Jesus Melo da Silva com quem teve seus cinco filhos: Luiz Cláudio, Rosane, Rosa, Márcio e Adalto.

Desde cedo já despertava ali um grande folião. Participou da famosa crítica do Enterro, fantasiava-se de  caçador de borboleta, nega maluca, mata mosquito, boi da cara preta, marinheiro, entre outras muitas brincadeiras de rua. Ezinho entrou para a história como o grande Maestro da Banda Maluca e a regeu com maestria por mais de quarenta anos consecutivos.

Como bem disse o poeta sanjoanense Elvo da Graça Raposo, a Banda Maluca  é regida pelo dono de uma padaria, o Ezinho, que nada entende de música, que tem bigode de “chinês” e coração de “congo”. Ezinho, que se traja com imponente uniforme de gala e rege aquela impressionante maluqueira com o maior desfaçatez deste mundo, com a seriedade com que o maestro Karabchevisky regia a Filarmônica de Berlim.

2013

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Homenageado principal

Manoel Barreto Gomes da Silva

Prepare-se para conhecer a incrível trajetória de Manoel Barreto Gomes da Silva, um verdadeiro polivalente! Nascido em uma família humilde em São João da Barra no dia 16 de de 1907, ele se destacou como político, autodidata, poeta, jornalista e compositor, carinhosamente conhecido como Barreto Sapateiro por sua profissão. Homem notável não deixava a falta de recursos impedir seu amor pelo conhecimento; ele se dedicava a estudar em alfarrábios, tornando-se um autodidata exemplar! Fundador do Partido Comunista em 1932, lutou bravamente por suas crenças, mesmo enfrentando prisões e desafios ao longo do caminho. Mas não para por aí! Barreto também brilhou nos palcos, interpretando Caifás na peça "O Mártir do Calvário", deixou sua marca no carnaval de São João da Barra ao fundar o bloco Congos, onde compôs a famosa marcha-rancho “Gargalhada”. Em sua vida pessoal, foi casado com Maria Moreira Pinto, com quem teve cinco filhos, e mesmo após perder sua amada em 1951, seu legado continuou a brilhar. Em 2007, a família publicou um livro com suas poesias e marchas-rancho, intitulado ‘A ti, São João da Barra’, celebrando sua incrível contribuição à cultura local! 

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Mildo Cunha

Nome do Prêmio Popular

Filho de Custódia e Bernardino, o sanjoanense Mildo Cunha nasceu para a alegria e para as artes. De uma família de sete irmãos, veio ao mundo em três de março de 1936, e aos 25 anos se casou com Marina com quem teve cinco filhos – Mirene, Miriane, Mildo, Márcio e Marciane. Dono de uma criatividade peculiar, desde cedo já personificava o Papai Noel para alegria das crianças. O fato o levou a abrir um armarinho conhecido como Casa do Papai Noel existente há mais de 50 anos. Infelizmente um grave acidente fez com que o povo sanjoanense chorasse. Era agosto de 1979.

Mas ninguém vai se esquecer de sua alegria durante o carnaval. De sua participação na famosa crítica do enterro, em 1962, das brincadeiras da televisão, do Chacrinha, do chuveiro cheio de sustentabilidade, do palhaço redondo e do palhaço quadrado. Era ele quem inventava as roupas e as diversões. Ele adorava se vestir de palhaço na avenida. Sua esposa, Marina, contou que um dia ela disse que gostaria de ver a propaganda da Casa do Papai Noel na televisão. Eis que surgiu a brincadeira da TV no carnaval. Assim foi Mildo Cunha, vivo até hoje no coração de todos nós...

Foz Cultura e Mídia Ltda

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